quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Zenaldo vence eleição na ilha que fica sem representante na Câmara Municipal

Eduarda - PRP, Professor Elias - PTN e Victor Cunha - PTB não conseguem a reeleição deixando a ilha órfã de vereadores comprometidos com os interesses de Mosqueiro


Por Frank William

O candidato a reeleição a Prefeitura de Belém Zenaldo Coutinho sai na frente também em Mosqueiro derrotando Edmilson Rodrigues que aparecia na frente das pesquisas. A expectativa agora é para o 2º turno das eleições no dia 30 de outubro.

Em Mosqueiro, a lembrança dos governos de Edmilson  Rodrigues ainda são visíveis. A maior delas ainda é a do caos instalado na ilha com o incentivo às invasões  que provocaram grandes impactos no cotidiano da ilha, principalmente na economia.

Apesar de já ter sido eleito prefeito  de Belém por duas vezes, nunca venceu uma eleição em Mosqueiro. O reflexo da sua popularidade é percebido nas urnas, sendo mais favoráveis a ele somente nas áreas onde as invasões de Mosqueiro estão instaladas.
Com base em análise de todas as eleições ocorridas até hoje, podemos dizer que a ilha  de Mosqueiro é anti-PT e agora anti-Psol, uma vez que este último é formado por dissidentes petistas, partido da ex-presidente Dilma Rouseff.

Vereadores

Já no caso das eleições proporcionais, a população de Mosqueiro disse não aos únicos parlamentares que ainda apresentavam propostas de interesse da população da ilha junto à câmara e ao prefeito, como emendas ao PPA e a LDO por exemplo, além de requerimentos diretos ao prefeito.

Eduarda Louchard (PRP) - 3ª suplente da sua coligação, Professor Elias (PTN), 1º suplente da sua coligação e Victor Cunha (PTB), 2º suplente da sua coligação, eram os únicos vereadores na câmara que se apresentavam na defesa dos interesses da população, eles é que atendiam os chamados da comunidade para resolver pendências no distrito.

Observadores políticos analisam que esse comportamento do eleitorado deve-se a decepção e ao descrédito da política nacional provocado pela Operação Lava Jato e a crise política do governo Dilma, tanto que o índice de abstenção em Mosqueiro foi altíssimo, cerca de 30% dos eleitores não compareceram às urnas.

Outro fator preponderante para o esvaziamento dos votos dos candidatos de Mosqueiro foi o número de votos recebidos pela candidata Natasha Fox, que simbolizou o voto de protesto dos mosqueirenses obtendo quase 2.500 votos, a exemplo do candidato Pato do Mosqueiro em 2012.

A próxima legislatura será um exercício e mais uma aprendizado para a população mosqueirense.

Governo Edmilson destruiu biblioteca

Vocês lembram que o Agente Distrital de Mosqueiro Paulo Uchôa, no primeiro governo de Edmilson Rodrigues que cometeu crime hediondo contra a cultura quando protagonizou a destruição da Biblioteca
Cândido Marinho Rocha?

Jogou fora um acervo que jamais será recuperado porque precisava de um auditório para suas reuniões. O fato foi presenciado por servidores que repudiaram a atitude, pois, a única biblioteca da ilha de Mosqueiro que servia como fonte de pesquisa de centenas de alunos de todo o distrito havia sido destruída.

A Lei nº. 7383, de 07 de dezembro de 1987 criou a Biblioteca Pública Municipal denominada CÂNDIDO MARINHO DA ROCHA, com sede na Vila do Mosqueiro, Município de Belém, subordinada à Agência Distrital do Mosqueiro no governo do prefeito Fernando Coutinho Jorge
Marinho Rocha nasceu em 14/06/1907 e faleceu em 16/11/1985, ele é autor de livros como Ilha e Capital Vila, publicado em 1973, romance ambientado na Ilha de Mosqueiro, no período de 1930 a 1943, no qual põe em ação personagens ‘reais’ e fictícios, a viver em um espaço bucólico e paradisíaco, de “uma ilha perfumada com amor” (O Liberal, 13/05/1973).
Mais que justa homenagem darem seu nome à biblioteca, depois de dois anos de falecimento. A família do escritor, é preciso esclarecer bem esse fato, doou seus livros para ajudar a compor o acervo de nossa biblioteca.

Vale a pena conhecer mais dessa história publicada no artigo “Biblioteca Pública em Mosqueiro: Sua Urgência e Seus Benefícios” do professor Alcir De Vasconcelos Alvarez Rodrigues no dia 22 de outubro de 2008 em: http://www.webartigos.com/artigos/biblioteca-publica-em-mosqueiro-sua-urgencia-e-seus-beneficios/10361/#ixzz4O35XFA66.

Governo Edmilson enterrou 8 milhões no esgotamento

Lagoa da Vila, SES Mosqueiro em construção  (Fonte SAAEB 2003)
A ilha sofre até hoje com a falta da efetividade da implementação da rede de esgotamento sanitário para os efluentes domésticos que deveriam beneficiar quase cem mil pessoas nos picos de veraneio atendendo toda a orla desde a praia do Areião até próximo ao Chapéu Virado, totalizando 45,5 quilômetros de rede coletora interligada com quase 6 mil domicílios.

A obra foi realizada em 2003 e 2004 no então governo de Edmílson Rodrigues com recursos aprovados em 1998 pela Caixa Econômica Federal na ordem de 7,8 milhões de reais que ficaram enterrados pela má execução da obra, cuja responsabilidade era de uma desconhecida empresa chamada Bandeirantes.

Segundo as recentes informações de funcionários da antiga SAAEB que foi incorporada pela COSANPA, as tubulações eram inadequadas e o sistema de engenharia inapropriado, uma vez que não oferecia condições adequadas de bombeamento para as estações elevatórias.

No governo seguinte, do prefeito Duciomar Costa, o sistema de esgotamento foi totalmente abandonado, as bombas das estações elevatórias foram roubadas e os prédios depredados. Duciomar Costa foi acionado na justiça federal em 2011 para recuperar o SES, fato que não ocorreu.

A decisão obriga a prefeitura a recuperar o leito de filtragem e tanques das estações de tratamento de esgoto, assim como reforçar as estruturas nos pontos em que houve enfraquecimento e infiltração por erosão, recuperar os abrigos de todos os equipamentos eletromecânicos, providenciar vigilância para prevenir furtos e danos nos equipamentos, entre outras providências. Em 2014 a Prefeitura voltou a recorrer da decisão.

Edmilson destruiu a ilha de Mosqueiro com as invasões e agora quer voltar

Mosqueiro tem sua crise econômica instalada desde o governo de Edmílson Rodrigues com as invasões do MST, aumento da violência, fim do carnaval e o fim dos trios


Por Frank William

O apoio às invasões do MST é uma marca de Edmílson Rodrigues, os moradores da ilha estão apreensivos com a volta dessa ameaça

“Edmilson destruiu a ilha de Mosqueiro com as invasões e agora quer voltar”, esse é o principal desabafo de comerciantes e empresários do distrito.

A bucólica ilha de Mosqueiro vivia um dos melhores tempos de toda sua história, tinha o turismo como grande industria para o desenvolvimento econômico e social, o mês de julho e o carnaval com suas atrações nacionais nos trios-elétricos já despontavam a ilha como o terceiro maior carnaval do Brasil.

Com a eleição de Edmílson Rodrigues em 1996 à Prefeitura de Belém, resultado de um voto de protesto da população que não aguentava as brigas e baixarias dos candidatos Elcione Barbalho e Ramiro Bentes, Mosqueiro passou a amargar períodos ingratos nos anos seguintes, os quais deixaram sequelas sociais até os dias de hoje.

No dia 03 de maio de 1999, cerca de 400 famílias ligadas ao movimento do MST ocupam a fazenda Taba (Transportes Aéreos da Bacia Amazônica) e montam acampamento reivindicando a desapropriação da área. Depois de quatro ações de despejos de forma violenta, em 2001 as famílias conseguem conquistar a terra.


“O processo de criação de invasões ao longo dos eixos de transporte nos municípios mais distantes dos núcleos de Belém se acentuam, há incentivo por parte dos governos populistas da década de 1980 e 1990 para ocupação dessas áreas, principalmente para seus interesses eleitoreiros. As políticas habitacionais da Prefeitura de Belém privilegiam assentamentos onde existem condições políticas para tal, promovendo a regularização de áreas localizadas no limite de Belém. Nas ilhas de Outeiro, Mosqueiro e Cotijuba pertencentes ao município de Belém, intensificam-se as invasões, agora associadas a movimentos organizados de sem-terra que chegam a capital proveniente do interior. Nos demais municípios ocorrem invasões de áreas sem ocupação pertencentes a particulares. (LIMA & MOYSÉS, 2009, p. 63)”.


Essa e outras invasões, sem infraestrutura urbana alguma saturaram os serviços públicos como a saúde e a educação deixando dezenas de crianças fora da escola, uma vez que os recursos eram repassados pelo governo federal de acordo com a população local, no caso do SUS e pelo número de crianças na escola no caso do antigo FUNDEF, hoje FUNDEB.

Em 2000, Edmílson Rodrigues tira o subsídio do navio que fazia o percurso Belém-
Mosqueiro que transportava estudantes e trabalhadores com tarifa similar ao da linha urbana de ônibus para repassar tal beneficio à empresa Expresso Michele, para quem também dou um terreno público na rua da bateria, forçando a falência da empresa Beira-Dão e Beira Alta.

Mais tarde, no segundo governo Edmílson já sem o subsidio do óleo diesel, a empresa tirou seus ônibus de circulação, foi quando o mosqueirense teve então a instalação da verdadeira crise do transporte público que deixou sequelas até os dias de hoje.

Com o aumento da violência, arrombamentos a residências, e assaltos, houve consequentemente a diminuição do turismo, a desvalorização dos imóveis que foram postos a venda a preços muito a baixo do mercado provocando o esvaziamento da ilha e a recessão da economia local.

A crise foi provocada pela gestão do governo do Edmílson que acabou com o concurso de carnaval, acabou com os trios elétricos atendendo um abaixo assinado de um grupo de moradores que se queixavam que o público frequentador já não atendia as expectativas financeiras do comércio levando a ruína o poder econômico dos mosqueirenses.

As dificuldades sociais e econômicas sentidas hoje começaram lá atrás no governo do então prefeito Edmílson Rodrigues do PT, hoje no Psol, que quer voltar. Depois dele Mosqueiro nunca mais foi o mesmo.